Atenção passageiros do vôo 8082 de Londres para Reykjavik da Air Iceland, o avião pousará em 15 minutos, temperatura local 9°C, aproveitem sua estada.
Meu islandês inexiste, mas meu inglês razoável me disse que estavam 9° la em baixo, e estávamos na época mais quente do ano islandês. Após 10 minutos de ônibus chegamos no albergue que ficaríamos, Garbo mal conseguia falar de tanto frio, por que evidentemente nossas roupas de inverno não estavam preparadas para o que estávamos vivendo.
Apesar de Garbo falar um pouco de islandês, todos falam inglês, e isso ajuda muito no meu entendimento do que se passa, inclusive a parte em que Sonja, a simpática e alva, recepcionista fala que o chuveiro coletivo não está esquentando muito, e que nós brasileiros poderíamos sentir um pouco de frio. Deverá ser só um pouquinho mesmo, pensei com sarcasmo.
São dez horas da noite, estou deitado na minha cama olhando para o teto, e pedindo perdão a Deus e a todos que um dia magoei, por que hoje irei morrer. O frio é tanto que apesar de estar vestindo 3 camisas, um casaco de lã, um moletom , e um grosso casaco de frio ainda parece que estou nu na neve durante uma tempestade de chuva e vento. Ainda tentando me lembrar de como fui convencido a gastar dinheiro pra viajar para a Islândia, rolo da cama para o chão, e levanto. Com tanta roupa é o máximo de movimento que consigo. Vou acordar Garbo, mas pelo que parece ele já morreu de tão pesado que esta o seu sono.
Ao chegar na área comum do albergue vejo que um grupo jovem, de dois rapazes e uma moça, estão bebendo e conversando alegremente, ao perceberem minha miséria, me chamam para a mesa, (pelo menos foi o que pareceu) meio zonzo de frio e sem entender nada do que se passa na conversa, me junto ao grupo. Todos se apresentam e isso demora uns quinze minutos, já que a pronúncia de seus nomes pra mim é quase um engasgo, e o meu pra eles ainda pior.
O papo rola, mais eu nada entendo, as vezes rio das risadas deles enquanto bebo uma cerveja quente com Brinivin, onde quente le-se não refrigerada, já que nada fica quente àquela temperatura, mas na maioria das vezes simplesmente observo e tento compreender o sentido do que está se falando. Algumas horas depois e muita cerveja, Sonja já se juntou a nós e me ajuda a entender o papo, e então de uma hora para a outra viro o centro das atenções, todos querem saber da vida no Brasil, das praias e tudo mais, e é aí que me esbaldo, conto histórias e estórias fantásticas de ondas enormes, bandidos, samba na Lapa e bebedeiras, a noite então se segue muito agradável e bem mais divertida.
A expressão cabo de guarda-chuva faz muito sentido nesta manhã fria, eu penso que o índice de alcoolismo dos países nórdicos deve ser muito alto e que o apelido de “morte negra” cai muito bem para a tal Brinivin. Desço para o café e Garbo já está escovando os dentes animadíssimo, porque hoje iríamos na faculdade de Ofélia.
Meu islandês inexiste, mas meu inglês razoável me disse que estavam 9° la em baixo, e estávamos na época mais quente do ano islandês. Após 10 minutos de ônibus chegamos no albergue que ficaríamos, Garbo mal conseguia falar de tanto frio, por que evidentemente nossas roupas de inverno não estavam preparadas para o que estávamos vivendo.
Apesar de Garbo falar um pouco de islandês, todos falam inglês, e isso ajuda muito no meu entendimento do que se passa, inclusive a parte em que Sonja, a simpática e alva, recepcionista fala que o chuveiro coletivo não está esquentando muito, e que nós brasileiros poderíamos sentir um pouco de frio. Deverá ser só um pouquinho mesmo, pensei com sarcasmo.
São dez horas da noite, estou deitado na minha cama olhando para o teto, e pedindo perdão a Deus e a todos que um dia magoei, por que hoje irei morrer. O frio é tanto que apesar de estar vestindo 3 camisas, um casaco de lã, um moletom , e um grosso casaco de frio ainda parece que estou nu na neve durante uma tempestade de chuva e vento. Ainda tentando me lembrar de como fui convencido a gastar dinheiro pra viajar para a Islândia, rolo da cama para o chão, e levanto. Com tanta roupa é o máximo de movimento que consigo. Vou acordar Garbo, mas pelo que parece ele já morreu de tão pesado que esta o seu sono.
Ao chegar na área comum do albergue vejo que um grupo jovem, de dois rapazes e uma moça, estão bebendo e conversando alegremente, ao perceberem minha miséria, me chamam para a mesa, (pelo menos foi o que pareceu) meio zonzo de frio e sem entender nada do que se passa na conversa, me junto ao grupo. Todos se apresentam e isso demora uns quinze minutos, já que a pronúncia de seus nomes pra mim é quase um engasgo, e o meu pra eles ainda pior.
O papo rola, mais eu nada entendo, as vezes rio das risadas deles enquanto bebo uma cerveja quente com Brinivin, onde quente le-se não refrigerada, já que nada fica quente àquela temperatura, mas na maioria das vezes simplesmente observo e tento compreender o sentido do que está se falando. Algumas horas depois e muita cerveja, Sonja já se juntou a nós e me ajuda a entender o papo, e então de uma hora para a outra viro o centro das atenções, todos querem saber da vida no Brasil, das praias e tudo mais, e é aí que me esbaldo, conto histórias e estórias fantásticas de ondas enormes, bandidos, samba na Lapa e bebedeiras, a noite então se segue muito agradável e bem mais divertida.
A expressão cabo de guarda-chuva faz muito sentido nesta manhã fria, eu penso que o índice de alcoolismo dos países nórdicos deve ser muito alto e que o apelido de “morte negra” cai muito bem para a tal Brinivin. Desço para o café e Garbo já está escovando os dentes animadíssimo, porque hoje iríamos na faculdade de Ofélia.
5 comentários:
é por isso que minha família é taxada de "bando de bêbados" injustamente... um whiskeyzinho ou outro ajuda como o diabo nas latitudes acima do Mediterrâneo!
Muita gente não entende o que é frio de doer! Realmente, a gente acha que será impossível fazer qualquer movimento, abandonar o lugar da cama que já esquentou e se virar para outro qualquer. No frio, eu aprendi a dormir imóvel!
Felizmente, isso está passando...hoje eu descobri as primeiras flores da primavera anunciada.
Nada que o alcool não esquente rs
Mas que idéia tb, olha pra onde você vai !
Me desculpa a demora a postar, estava meio enrolada com o colégio.
Mas acabei de postar !
Beijão !
Olá amigo sou o administrador do blog Download Gospel o Adriano, vim responder que há sim liguagem para raquel nesse arquivo. No mais agradeço pela visita e gostei do seu blog também, abração e que Deus te abençoe.
prometi toda amistosa acompanhar seus textos bons pra caralho achando que todo mundo atualiza essa coisa com a mesma freqüência que eu... mês a mês. e agora tou de omissa.
dor-gas. dorgas.
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