segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que fiz

Me beijaram a boca, me tornei poeta, amei, tive o coracao partido, parti coracoes, fiz o ultimo gol, corri nu na chuva.

Estive vivo, estive morto, renasci, fiz novas escolhas, repeti acertos e erros, conheci gente nova, lugares novos. Mudei.
Quando morrer digam a todos que vivi, vivi com a intensidade que me cabia, que me transbordava pelos poros.
Que estive a beira da impossibilidade, que perdi e que ganhei, mas sempre lutei, lutei apaixonadamente pela vida que me viveu.

Bebo a vida num jarro grande, deixo-a transbordar pela boca, inundando-me nela, e por ela me deixo beber e se afogar em mim.
E quando chegar Deus e Este me perguntar o que fiz das oportunidades que me deu, das encruzilhadas em que me colocou,
Responderei vibrante que tao louca e apaixonadamente as vivi e fui vivido por elas, sem jamais virar-lhe as costas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Perda

Ela caminha intrigada, distraída, pensando no que deve fazer.

Seu corpo sabe o que ela quer mas sua mente luta em conte-lo.

A luta entre seu corpo e mente está empatada, mas o tempo está passando.

Sabe que se não convencer a ambos que querem a mesma coisa pode perder tudo.


Quando seu objeto se aproxima seu corpo e sua mente estão em completa sintonia.

Eles querem louca e apaixonadamente a mesma coisa, sentem a mesma coisa.

O frio que sente na barriga, a palpitação, o folego, o calor, tudo lhe diz que ama.

Cada célula de seu corpo louva por haver alguém que a faça sentir tudo.


Ao se afastarem porem, o medo toma conta de sua mente de novo,

Todas as sensações, são imediatamente bloqueadas para que sua lembrança não exista.

O tempo não parou de passar tudo fica mais intenso e mais fugaz, lembranças são vida,

Viver e sentir a vida intensamente, atravessando sua alma. Porem só, não terá nada.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dúvida


Queria poder aceitar os erros alheios com a mesma alegria que aceito suas qualidades.
Saber que o não saber e a falta do momentum na percepção pode mudar tudo.
Queria não lamentar por aqueles que lamentam o que podiam ter tido ou feito.
Mas por esses eu lamento, pois vivem apenas pelo que não viveram e continuam a não viver.
Não sei exatamente o que quero mais sei exatamente por qual estrada eu vou procurar.