terça-feira, 24 de agosto de 2010
Flor ao vento
Certa tarde, deitado na grama, vi uma bella flor sendo trazida pelo vento.
Suave, ela dançou pelo ar até pousar delicadamente em meu peito.
Eu a olhei profundamente, interessado e curioso pela precisão do destino.
Reparei que também era observado de volta e ternamente a guardei em meu coração.
A bella flor se aconchegou, sorriu e fez delicias dentro de seu cantinho.
Sempre que o vento soprava ela vibrava, sentia seu farfalhar dentro de mim.
Me divertia, aquela formosa rebelde querendo ser levada pelo vento novamente,
A porta do meu coração estava fechada com a pequena la dentro, mas não trancada.
Ela estava lá, olhava pra porta, mas estava bem satisfeita em seu aconchego.
O tempo passou e cada vez que ventava a pequena flor mais se inquietava,
Aquela inquietação passou a me incomodar, e deixei a porta entre-aberta.
Mas não era tão facil sair, o canto que ela estava era aquele, onde só cabe uma flor
Sentiamos que ja era hora dela se deixar levar, mas não era fácil, então,
Escancarei a porta. Estiquei a mão. Ao soprar do vento a flor sorriu e foi-se.
Observei-a dançar, subir e descer, indo embora para onde quer que fosse.
Deitei novamente na grama, vi outras flores voando com o vento, de muitas cores e formas.
Algumas coloridas, outras grandes outras pequenas, e lá ao fundo ela ainda voava.
Um dia passara novamente e ficará até que o vento esteja forte e ela se deixe levar novamente,
Porém neste dia ela não mais chegará facilmente a seu antigo cantinho...
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